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Ao longo da história, como a menstruação tem sido abordada?

  • Cacti Med9
  • 11 de abr. de 2024
  • 3 min de leitura

Fala, Med9!!


Atualmente, embora a menstruação ainda seja um tabu em muitas culturas, estamos caminhando para uma maior compreensão e valorização dos transtornos menstruais e do impacto que eles têm na vida das mulheres. A conscientização sobre a fisiologia do organismo feminino está crescendo, e profissionais médicos e pesquisadores estão cada vez mais dedicados a estudar e tratar os transtornos relacionados a menstruais.

É importante ressaltar que a menstruação é um processo natural e faz parte da vida de todas as mulheres em idade fértil. No entanto, isso não significa que as dores e desconfortos associados a ela devam ser menosprezados ou ignorados. Cada mulher é única e pode experimentar sintomas variados durante o ciclo menstrual, como cólicas, dores de cabeça, alterações de humor e fadiga, entre outros.

É fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para ouvir e compreender as queixas das mulheres em relação à menstruação, oferecendo tratamentos adequados e orientações para lidar com os transtornos envolvidos neste período. Além disso, a sociedade como um todo precisa abandonar estereótipos e preconceitos, reconhecendo que não se trata apenas de "coisa de mulher", mas de uma questão de saúde e bem-estar.

A conscientização e o conhecimento sobre a menstruação têm o poder de transformar essa relação de amor e ódio em uma relação de compreensão e respeito. Devemos celebrar a diversidade dos corpos e das experiências femininas, e lutar para que todas as mulheres possam viver suas vidas sem serem prejudicadas ou diminuídas pelo funcionamento de seus corpos.

O crescimento da sociedade patriarcal a partir de 5.000 a.C pode ter contribuído para que a menstruação se tornasse um tabu, principalmente devido ao controle da sexualidade da mulher. Com a ascensão do patriarcado, os homens passaram a ter mais poder e controle sobre as mulheres, incluindo sua sexualidade e reprodução. A menstruação, sendo uma característica exclusiva das mulheres e associada à fertilidade e à capacidade de gerar vida, poderia representar uma ameaça ao controle masculino.

Nesse contexto, a menstruação passou a ser estigmatizada e considerada impura ou maligna. Acredita-se que essa mudança de paradigma na Grécia Antiga, por volta de 200 a.C, tenha sido influenciada por essa visão patriarcal. O fato de a mulher menstruada ser considerada possuída por um espírito maligno e a crença de que olhar para o reflexo de uma mulher menstruada poderia enfeitiçar, são exemplos de como a menstruação passou a ser temida e ostracizada.

Assim, em tempos mais modernos, as mulheres passaram a questionar não só a forma como o assunto era abordado, como também as práticas e produtos relacionados à menstruação e buscaram alternativas mais naturais e sustentáveis. Isso levou ao surgimento de opções como os absorventes de pano reutilizáveis e os copos menstruais. Além disso, esse movimento trouxe discussões sobre a importância de se aceitar e valorizar o corpo feminino, incluindo como algo natural e saudável.

Agora, as mulheres não apenas aceitam naturalmente a compra de produtos de higiene feminina, mas também estão cada vez mais exigindo opções mais modernas, sustentáveis e saudáveis. Essa mudança de comportamento de consumo reflete a conscientização crescente sobre a importância da saúde da mulher e do controle sobre seu próprio corpo.

À medida que a discussão sobre a saúde feminina se torna uma pauta de políticas públicas, mais recursos e atenção são direcionados para garantir o acesso a serviços de saúde adequados, incluindo produtos de higiene feminina. Isso proporciona às mulheres mais opções e liberdade para escolher produtos que atendam às suas necessidades individuais, sem qualquer estigma ou constrangimento associado.

Este assunto chegou até a Câmara dos Deputados, onde O Projeto de Lei 1249/22 foi formulado com o objetivo de garantir licença de três dias consecutivos, a cada mês, às mulheres que comprovem sintomas graves associados ao fluxo menstrual. Essa licença será concedida sem prejuízo do salário e seria incluída na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A autora da proposta, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), ressalta que a maioria das mulheres enfrenta sintomas leves ou moderados durante o período menstrual, como cólicas, indisposição, dor de cabeça ou enxaqueca. No entanto, cerca de 15% das mulheres sofrem com sintomas graves, incluindo fortes dores na região inferior do abdômen e cólicas intensas, que podem prejudicar sua rotina diária.

A proposta está em análise na Câmara dos Deputados e, se aprovada, poderá beneficiar mulheres que enfrentam esses sintomas mais intensos, permitindo que tenham um período de descanso para lidar com o desconforto e a dor associados ao período menstrual.

“Para esses casos, nada mais justo que garantir uma licença de três dias”, completa.”



Até logo,


Marília Ramos e Suene Barros - Turma 32.


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